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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

psiquê está morta!





neoanimismo do desleixo - subjetividade ou subjetivação nada impõem, mas permitem miragens que insistem em ecoar. tal qual o ruído de fundo do início do universo. epifenômenos de forças em atuação, no entanto, fecundam, provocam e causam: vida, destino, liberdade e espontaneidade. aparentes características particulares da existência: crença no sujeito gramatical enquanto desejo de que o universo não seja indiferente à humanidade: dever-ser e tempo. no entanto, é preciso seguir a história até as origens das possibilidades de se identificar sujeitos: os momentos da natureza enquanto autômata submissa. é preciso um novo naturalismo. um animismo nada pessoal - já que pensamentos, sentimentos e emoções não pertencem à indivíduos. desejos, vontades, impulsos, anseios e idéias são raras em pessoas, pois pertencem a povos e a tempos. o único humanismo possível é laisser aller, deixar ir, portanto, desleixo.

não se pode pensar, desejar, ser. alimenta-se ou definha-se forças. meios de amplificar ou reduzi-la. profundo é apenas força pesada. força maior que a capacidade de suportá-la. nenhuma alma, mente, informação enquanto nada é necessário para considerar alguma causa. vontades, impulsos, anseios, desejar e pensar é como anoitecer, trovejar, chover, relampejar, escurecer, nevar, ventar. até então a humanidade é uma espécie de vingança duradoura contra a vida. em atividades estupidamente orgulhosa de si. no entanto, não há povo ou tempo em que cada pensamento e cada vontade não tenham sido arbitrários. nada dentre tais pode ser considerado como algo dado ou nascido, nem ausente de problemas. jogos de linguagens dos afetos - a moral é apenas um destes - dispostos à desaparecer. jamais houve alguma razão que atue tão fortemente sobre o rastro de sentimentos e afetos impressos por milhares de anos. até a psique, que tenta perseguir os instintos na tentativa de persuadi-los, jamais conseguiu forjar bons argumentos.

parafraseando o autor de 'a gaia ciência', §125:

psique está morta! psique permanece morta! fomos nós quem a matou! como haveremos de ter esperança? este, o pior dos males, pois prolonga o suplício! o universo, que jamais calou alguém; que jamais tornou visível sua brutalidade; que suscitou medo à apenas a povos e a tempos ansiosos e com vontade de causar dor! o que o universo possuiu, até agora, de mais pessoal e mais vital sucumbiu exangue aos golpes das nossas bodurnas. quem nos limpará desses miolos? qual a lavagem ecologicamente correta que nos limpará? que maravilhas farmacológicas, que jogos terapêuticos haveremos de inventar? subjetivar não será a mais sagrada hipocrisia para nós? não teremos de nos tornar nós próprios natureza, universo, para parecermos dignos de nós mesmo? rastreando tempos e povos, vê-se ato tão grandioso, e, quem quer que nascerá depois de nós, e também que já nasceu anteriormente, fará parte, arbitrariamente deste ato, dessa história que muitos fizeram para destruir suas forças, que, no entanto evolui, retroage e salta. psique está morta! e, assim, como jamais deixou de ser, tudo é permitido!

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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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