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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

não sofre de otimismo ou pessimismo, nem da invenção e da aposta

a gaya heresia prodigyosa - por toda parte: "ah, o mundo está desencantado"; "tudo está esvaziado de sentido"; "vivemos em época de decadência"; "temos muita técnica e ciência, mas ainda somos infelizes"! logo religiosos: "eis o caminho". de pronto, indústria farmacêutica: prozac e ritalina. daí cientistas: "deus não joga dados". e, do fundo da cartola, filósofos sacando seus coelhinhos brancos: "ah, mas lá nos gregos...". o que significa isso?

encantamento? seres humanos no universo das maravilhas? divindades de oz? milagres de salão para animar festas? quanta miséria e preguiça de espírito... o romantismo voltou? quem voltou? o desejo pelo encantador? a covardia ancestral? o malabarismo de ilusionistas? o modo de espiar tudo como um embrião? a adoração pelo adorno da banalidade? a adulação por tudo que nos retire do incômodo e da asperesa do real? ahá! deseancantamento da realidade! claro! tudo o que deriva do 'rei'. 'real'! nada mais nada menos que o poder emanado da realeza. sem ele estamos incomplet#s, insatisfeit#s, desconfortáveis. sim! habitamos um lugar além do 'real'. o lugar do vigor contrário à potência do permanente!


vazio? alguma coisa já esteve plena alguma vez? um copo meio vazio? um copo meio cheio? a elegância do pessimismo ou a etiqueta do otimismo? quanto ainda se pode suportar o ser e o dever-ser ao mesmo tempo? ah, esse ardiloso sentimento de dualidade... de lógica simbólica, de bem e mal, de esquerda e direita, de homem e mulher, porquê aos pares? porquê o inverso? sempre em dupla? pois bem, sem cara ou coroa, que se façam as apostas, mas sem esperanças! nem mesmo a certeza de que ira surpreender-se. que venham todos! predadores, presas e simbiontes!

decadência? quando a humanidade já atingiu seu ápice? ou, em que lugar do planeta a moral e a cultura atingiram sua forma mais refinada? quanta ambiguidade aspirando ainda coincidência... predição antecipada... porquê inventar um tempo e lugar passado evocado para dar conta deste acontecimento agora? olhos iludidos em frente ao retrovisor. não estamos descendo. muito menos caindo. se houve época melhor? talvez. mas não comparada à esta. sim comparada a alguma esperança. de quê? do além? da utopia? do oráculo? da tragédia? chega de viver não vivendo. a historidade não se apresenta como coordenadas ou dados. também é tempo tal qual os modos de visitá-la.

e a felicidade? que desculpas ainda serão usadas para a aniquilação de qualquer outro modo dela estar? a subjetivando ao extremo? o 'penso, logo existo' é justificativa religiosa. querem que tenhamos uma alma para ser salva. representação e ato impossíveis! a objetivando do mesmo modo? as 'condições históricas favoráveis' é justificativa de que o simples, o particular e o único é do 'outro' - monólogo alheio. no entanto, estar feliz. flexivelmente embaraçado. da paixão, da percepção lançada e das consequências resultates delas. sem derivações. sem meio-caminhos. o sim e o não de todo excesso.

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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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