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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

sério, porém não sóbrio


seriedade: regime do tudo ou nada; qualificativo a um só tempo total e nulo. total por querer se estabelecer enquanto indiferente à qualquer objeção. nulo por ser incapaz de explicar e mesmo de exprimir a si mesmo enquanto algo. no primeiro, totalitário, no segundo, infância. 

na seriedade e totalitarismo, tudo o que se quer estabelecer enquanto sério torna-se condição de universalidade, quer queira ou não, interessando a todos. na sua recusa, faz-se que se saiba  de sua seriedade à força. neste caso, a seriedade é virtualmente terrorista - pois se quer ser princípio imortal. reconhece o não-sério como temporal e festivo, por isso passível de sua coação e violência. no entanto, por tal artifício, a seriedade totalitária se evidencia como eterno espaço vazio somente preenchido por reconhecimento geral. algo pleno, mas que não basta a si mesmo. por só se ver sério via a sobriedade que se pretende se extender para além do objeto qualificado. afirma-se enquanto existente geral ignorando tudo do contexto em que se situa. inclusieve sua própria mortalidade.

na seriedade e infância, o sério não está diante do infinito. o sério é um qualificativo particular. não é quitação cega. está ligado temporalmente ao motivo de satisfação. é um acertar de contas com o imediato. não há nada mais sério na infância do que a brincadeira. o jogo basta a si mesmo.  não se quer  mais do que o jogo pode dar. a causa se equivale ao efeito. nulidade da causa e do efeito. não é acúmulo de coisas sérias. não é causa exterior. o brinquedo sempre quebra. no brinquedo quebrado nada há de sobriedade. a seriedade lhe foi tamanha que somente a ebriedade que levar à quebra de seu motivo lhe restitui sua dimensão mais própria: nada é tão sério que resista a uma boa gargalhada. após isso o a brincadeira recomeça sem os vícios de qualquer totalitarismo.

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quando falamos "eu penso que...", quem será que escondendo? a voz do pai? da mãe? dos/as professores/as? padres? policiais? da moral burguesa ou proletária? ou as idéias de alguém que já lemos? escutamos? ou...
 
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