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bem vindo e bem vinda. este é um labirinto herege: um desafio para medir a astúcia de quem me visita; um convite à exploração sem mapas e vista desarmada. aqui todas as direções se equivalem. as datas das postagens são irrelevantes. a novidade nada tem a ver com uma linha do tempo. sua estrutura é combinatória. pode começar de onde quiser. seja de uma imagem, de um texto, de um vídeo ou mesmo de uma música. há uma infinidade de escolhas, para iniciar a exploração, para explorar esse território e para finalizá-la. aproveite.

CICLO #01 - ANTIGUIDADE CYBERPUNK

ANTIGUIDADE CYBERPUNK - brincando com a periodização das épocas históricas da humanidade, nomeei assim os primórdios da chamada “cultura livre” (reunião das subculturas que formam uma agenda política em torno da livre reprodução de arquivos digitais), onde escritores de Ficção Científica nos alertavam à necessidade de se estabelecer novas ideias críticas em torno do elo político emergido da cultura tecnológica e digital (cultura que é ao mesmo tempo a estrutura de impérios, distopias opressoras, e a ferramenta para a auto-organização das multidões, utopias libertárias).

ao querer pensar o que é o cyberpunk, devemos ter diante de nós a situação de que são três seus polos geradores, e que eles se entrelaçam entre si:

[1] a literatura: originada, em fins dos anos 1970, pelos escritores willian gibson, rudy rucker, lewis shiner, john shirley, bruce sterling e pat cadigan, os quais retomam as experimentações linguísticas e temáticas na, até então estagnada, ficção científica;
[2] as teorias sociais: as chamadas teorias da pós-modernidade, que basicamente significa a perda da historicidade (fim de uma tradição de mudança e ruptura) e o fim da “grande narrativa” (o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado);
[3] e a cultura pop: iconografia estética da cultura jovem, em especial, o movimento punk e a própria cultura do computador (atitude hacker da experiência empírica da juventude contestadora ligada à tecnologia).
também, se quisermos decompor o termo cyberpunk, teremos de um lado o cyber, termo grego que remete às noções de “controlar/governar/pilotar”, como por exemplo encontramos no termo “kubernetes” (cibernética), ou seja a “arte de governar”, e de outro lado, temos o termo punk, que podemos pensá-lo tanto como movimento musical (punk-rock/protesto) como ideológico (contracultura/sem controle/underground).

✔ no mês de setembro de 2015 finalizamos o primeiro ciclo, a antiguidade cyberpunk, este no qual conhecemos e lemos alguns textos clássicos do gênero cyberpunk da década de 1980 - basicamente os textos: [1] “the gernsback continuum” (1981), [2] “burning chrome” (1982) e [3] “neuromancer” (1984) de willian gibson; e [4] “pirata de dados” (1989) de bruce sterling.
✔ foram gerados por mim, léo pimentel quatro textos em forma de notas, um para cada texto acima anunciado.
  1. **o futuro poderia ser pior! poderia ser perfeito!** - notas sobre “o continuum de gernsback” (1981) de william gibson
  2. **nossos corpos devem estar em algum lugar** - notas sobre “o burning chrome” (1982) de william gibson
  3. **numa incorpórea exaltação do espaço** - notas sobre “neuromance” (1984) de william gibson
  4. **trabalhadores do mundo: relaxem!** - notas sobre “islands in the net” (1989) de bruce sterling


    MEMÓRIA DO CICLO #01

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